Monitorando o Treinamento Através da Escala de Borg
ESCALA DE BORG E TREINAMENTO
“Overtraining” ou excesso de treinamento é uma condição caracterizada por um grupo variado de sintomas e alterações fisiológicas que sempre estão associados à queda de desempenho. A síndrome do overtraining ocorre normalmente quando um treinamento de alto volume/intensidade com descanso inadequado, está associado com outros fatores estressantes da vida cotidiana.
Sobre o treinamento, a relação “carga de exercícios vs. desempenho”, estimula os praticantes a aumentarem progressivamente a intensidade na busca de melhores resultados. Além disso, a resposta instintiva e o pensamento da maioria dos praticantes ao observarem os resultados dos primeiros dias de treinamento é “quanto mais, melhor”
Há uma dificuldade muito grande em estudar a síndrome do overtraining, pois não há um modelo adequado para detectar a doença. Portanto, para uma melhor compreensão, a análise é baseada em observações.
FOSTER, C. (1998), recentemente desenvolveu uma simples modificação na tabela de Percepção Subjetiva de Esforço (PSE), mais conhecida como Escala de Borg (1982). O praticante é questionado a avaliar a intensidade geral do treinamento atráves da tabela (figura 1), a percepção vai de 0 a 10, desde “repouso” até “máximo”. Quanto mais próximo de 0 (zero), significa que a sessão de treino foi de baixa intensidade, assim como, quanto mais próximo de 10 (dez), maior foi a intensidade do exercício. Quando esse resultado (classificação da intensidade do exercício), é multiplicado pela duração da sessão do treinamento (em minutos), chegaremos a um número que representa a magnitude da sessão de treinamento.
A resultado do cálculo através da PSE, tem sido demonstrada na literatura que se relaciona com a média percentual da taxa de reserva da frequencia cardíaca média.
Monitorando o treinamento com este método, é possível avaliar as alterações experimentais com sucesso relacionada com o desempenho da carga de treino.
É importante ressaltar que a carga de treino não é claramente o único fator que contribui para a síndrome do overtraining. Em um estudo de Lehmann, et. al. (1992), demonstram respostas bastante diferentes tanto no volume do treinamento, quanto na intensidade no treinamento.
REFERÊNCIAS:
BORG, G., P. HASSMEN, and M. LANGERSTROM. Perceived exertion related to heart rate and blood lactate during arm and leg exercise. Eur. J. Appl. Physiol. 65:679-685, 1987.
FOSTER, CARL. Monitoring training in athletes with reference to overtraining syndrome. Medicine & Science in Sports & Exercise. Issue: Volume 30(7), July 1998, pp 1164-1168.
FOSTER, C., L. HECTOR, R. WELSH, M. SCHRAGER, M. GREEN, and A. C. SNYDER. Effects of specific versus cross training on running performance. Eur. J. Appl. Physiol. 70:367-372, 1995.
LEHMANN, M., P. BAUMGARTI, C. WIESENACK, et al. Training-overtraining: Influence of a defined increase in training volume vs training intensity on performance, catecholamines and some metabolic parameters in experienced middle and long distance runners. Eur. J. Appl. Physiol. 64:169-177, 1992.
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