Osteoporose na pós menopausa

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 Por Ft. Msd. Milena Dutra

A menopausa, que acontece entre os 45 e 55 anos de idade, caracteriza-se pela diminuição da atividade dos ovários em que ocorre pouca ou nenhuma liberação de estrogênio. O Estrógeno hormônio sexual tem ação protetora sobre os ossos, com a sua diminuição ocorre uma queda na densidade mineral óssea – DMO, e quando a menopausa é precoce, tanto natural quanto cirúrgica, a perda é ainda maior (SZEJNFELD, 2003). A perda óssea de menor gravidade, definida como densidade óssea entre 1,0 e 2,5 desvio padrão abaixo da referência é considerada pela Organização Mundial de Saúde um quadro de osteopenia (BINSKOBING 2002).

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Osso com osteoporose

Já o diagnóstico de osteoporose é tradicionalmente descrito com o valor de mais de 2,5 devios-padrão abaixo da média para adultos jovens (T-Score), medida em, pelo menos, um destes sítios esqueléticos: coluna lombar, colo femural, fêmur total ou antebraço (HANS e DOWNS, 2006)

Este quadro raramente afeta mulheres jovens, mas a osteopenia não, esta é bastante comum em mulheres de meia idade (FORD, 2004). Para Stuhr2002, amulher menopáusica além da perda óssea irá apresentar outras alterações fisiológicas:

– Aumento do colesterol e triglicerídeos

– Aumento do peso corporal e de fibrinogênio

– Tendência a incontinência urinária e diminuição da lubrificação vaginal

– Afinamento e perda de cabelo

– Diminuição da tonalidade da pele e aparecimento de rugas

– Aumento da labilidade emocional (alteração de humor, melancolia e  depressão)

– Diminuição da memória

– Sarcopenia (perda muscular)

– Dores articulares e perda de flexibilidade mioarticular

Estes últimos atrofia muscular e a perda da flexibilidade estão totalmente ligadas, sendo que ambas são fatores fisiológicos que interferem nas limitações do indivíduo na prática de suas ações diárias (RIBEIRO et. al., 2008). Por exemplo, a diminuição da flexibilidade nos movimentos de extensão do joelho, flexão de quadril, e extensão de membros superiores está correlacionada com o declínio da habilidade de deslocamento (GONÇALVES et. al., 2007).

A diminuição da força não é específica para cada indivíduo, mas sim para cada grupo muscular e ainda para cada tipo de contração (SPIRDUSO, 1995). Frontera, et. al. (1991) relatam uma perda média de 13,4% nos músculos extensores e flexores do joelho e do cúbito, em grupos de indivíduos entre45 a 54 anos e65 a 78 anos, demostrando interferência direta na função.

Estudos transversais e longitudinais têm mostrado a importância da força muscular para a densidade óssea de mulheres pré e pós-menopausadas. Associações entre força de preensão manual e densidade óssea do antebraço em homens e mulheres é notória, entre extensão do joelho e densidade óssea do colo femoral, entre extensão do cotovelo e densidade do rádio e entre flexores do joelho e densidade da coluna lombar (NUNES et. al., 2001).

A presença de fraqueza muscular gera instabilidade articular, causando desconfortos musculoesqueléticos ainda mais evidenciados pelo aumento de peso comum no período pós-menopausa este fato, com o passar do tempo, acarreta incapacidades e redução na qualidade de vida desses indivíduos.

Se atente a sua saúde:

– Busque exercícios que envolvam treinamento aeróbio( caminhada, bicicleta e outros), juntamente com treino de força muscular resistido e equilíbrio.

– Evite dobrar o tronco a frente e rodar o mesmo. A fragilidade óssea pode se comprometer ainda mais nestes movimentos aumentando a chance de ocorrer fraturas vertebrais e potencializando as cargar compressivas e tensionais nos tecidos moles intervertebrais.

Procure um ENDÓCRINOLOGISTA de sua confiança e investigue profundamente seus hormônios.

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